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Fim dos mini system: Por que não fabricam mais com antigamente

fim dos mini system de duas caixas

Por muito tempo os mini system com tocador de CD foram a principal atração para apreciar as músicas, dado que os CDs foram o principal formato de distribuição de álbuns de músicas adotado pelas gravadoras.

Com o avanço da tecnologia, as gravadoras de música prefeiram distribuir seus álbum em formato majoritariamente digital, mesmo nas arcaicas lojas de celulares ‘dummy’, pois era uma forma mais barata e de fácil controle de pirataria. Contudo, não era de fácil usabilidade para as pessoas com menos afinidades com a tecnologia, fora a pouca praticidade para conseguir ouvir as músicas nos aparelhos de som da época.

Com a chegada dos smartphones, foi questão de tempo para surgir os streaming de música e, por consequência, as gravadoras aderiem esse novo formato de distribuição de músicas. Com a popularização dos smartphones, uma vez que eram de fácil acesso, os mini system antigo começaram a perder o seu espaço, dado que seu principal meio de ouvir música, o CD, caiu em desuso por uma iminente geração de ouvinte.

Uma geração desconectada fisicamente com a música

Por outro lado, a geração antiga não conversava muito com essa nova forma de consumir música, visto a complexidade que era, e a dificuldade para abrir mão da forma de ouvir música antigamente, visto o laço afetivo que já fora criado.

A geração Z cresceu com pouco ou nenhum contato com a antiga maneira de consumir música; e esta geração tendo acesso a celulares cada vez mais cedo, foi questão de tempo para o streaming torna-se a principal forma de consumir e distribuir música no mercado. Lembra que as empresas tanto de fabricação de aparelhos de som, quando de distribuição sempre visam os grande público, o mainstream, que era a eminente geração z.

Por sua vez, a despopularização dos mini system acontenceu bem no final da troca de gerações, entre a geração Z e Aplha, já que as empresas fabricante, começaram a fabricar system de qualidade quetionável, enquanto os da geração (Y) antiga não trocavam os seus precisoso por estes novos; e a geração (Z) nova, sem vínculo emocional com os system também não estavam comprando, as empresas de som tiveram que repensar sobre o antigo formato dos mini system.

Outro fator impactante foi a popularização de headphone bluetooth. Anos depois, começaram a surgim as primeiras caixas de som portátil bluetooth, justamente quando a geração Z já tinha idade para trabalhar e comprar-las. A migração para as caixas foi natural.

A geração Z ainda teve contato com os mini system antigos, mas poucos criaram um vinculo afetivo com o mesmo | Foto: Ayoo

A consequência foi que o público-alvo (mainstream) consumidor de música mudou (o que realmente dá lucro), não apenas a forma como consumia música, mas também como se interpretava a mesma. As empresas fabricantes de aparelhos de som apenas seguiram a tendência do mercado. Com a mudança do público consumidor, o seu comportamento (jeito de consumir música) também mudou.

Visando se manter relevantes no mercado e lucrando, as fabricantes acompanharam e atenderam as necessidades dessa geração Z e, principalmente, Alpha, que focam mais em estar conectada, em praticidade e leveza, ao invés de carregar peso para lá e para cá, ajusta ângulo, posicionamento das caixas, equalização etc.

3 grandes fatores para os mini system antigos sumirem do mercado

Confira as principais mudanças de comportamento e prioridade entre as gerações Y e as subsequentes, Z e Alpha. E como elas se relacionavam com a música. Fator determinante para as principais fabricantes de aparelhos de som revisarem os seus antigos e pesados produtos por novos e portáteis.

1 – Mobilidade

Em primeiro lugar, os mini system são dividos em 3 partes que precisam estar próxima (e conectadas) para funcionar. Além de ser necessário um prévio alinhamento das caixas e, por fim, o principal fator: os mini system antigos não têm conexão sem fio, o bluetooth. Por outro lado, as caixas de som bluetooth, pode ser transportada para onde quiser. Não precisa estar conectada na rede elétrica. E com simples toques, você conecta o seu celular à caixa, e logo já está ouvindo a música desejada.

2 – Custo de fabricação

Embora exista mini system de entrada, os bons e potentes era relativamente caro. Porém, as caixas de som portáteis boas e de marca também são caras. A diferença é que construir  uma caixa de 400 reais com placas com amplificadores classe D e alto-falantes simplórios é super barato para as fabricantes. Já a qualidade do som é satisfatório para a grande massa, a geração Z.

3 – Estéreo x Mono

A geração Z abriu mão da imersão para ter mobilidade. (visto que as relações com as próprias pessoas estão cada vez mais líquidas). A relação que essa geração tem com a música é muito menos emocional. Ela ouvi música a maior parte do tempo pelos fones, mas quando ouve pelas caixas mono, visa mais libertar as energias (válvula de escape) do que um momento único. A real é que as gerações Z e Alpha não ligam para um som bineural, só querem mais um meio de prazer, e por ventura, ativar suas emoções e se sentirem mais leves, “zen”.

4 – Conectividade & Qualidade

Essa geração Z cresceu consumindo música por streaming, e muitos não devem nem saber o que é CD ou pen driver (com músicas). Antes, o principal meio de distribuição de música era pelos CDs. Logo, quem quisesse lucrar, teria que incluir um leitor em seu aparelho. Embora o pen drive  já fosse acessível, ele não era um meio oficial, visto que a maioria das pessoas baixavam ilegalmente as músicas para por nele.

Em contrapartida, para ouvir pelos streamings, basta ter acesso a internet, o que poucos aparelhos têm, como os receivers ou home Theather que são caros. Já acessar o youtuber por um celular de 400 reais e conectá-lo a uma caixa de 200 é muito acessível hoje em dia. Esta geração é ‘despojada’, prefere coisas práticas = plug and play. Como também aceita tudo e não tem referência de som de qualidade e imersão, abrem mão de um sistema de som hifi para ouvir músicas estouradas.

O foco maior é em manter-se conectado e não em apreciar a música

O ponto crucial é que esta nova geração tem o foco em manter-se conectada (foco no digital). Já as antigas, viviam mais as experiências, pois o foco era realmente em apreciar o que os artistas fizeram em seus álbums de CD. Para isso, faziam todos os ajustes no som – equalização; na acústica – posicionamento e ângulo; para criar um ambiente perfeito para ouvir a música, e tornar o momento único na vida.

A geração atual experimenta a música como:

“ – mais alguma coisa prazerosa que faço no meu celular/pc. Até faz eu entrar em contato com minhas emoções. Logo, pode ser que eu amplie minha experiência com DAC ou DAP, e fone de ouvido ou caixas de som de qualidade.”

Mas, ainda assim, a experiência não é completa.

Assisti um filme numa TV 4k, ainda não se comparar com assisti um filme num cinema mais barato. Óbvio que um aparelho mais barato pode atrapalhar a experiência de ouvir as músicas, até para o menos entusiasta. Contudo, o foco já não está mais na experiência, e a média de aparelhos acessíveis e de qualidade razoável no mercado é alta. Com um fone de 60 reais e um celular de 500 reais, aonde muitos vêm com dolby atmos (virtual), já é o suficiente para essa nova geração.

Conclusão

Haverá uma (re)descoberta para a geração Z? De toda a imersão que uma música pode causar? Mas para isso, é necessário um ponto de conexão. Pode ser a curiosidade de sabe como seus antigos parentes ouviam ou mesmo a nostalgia dos de geração de transição (Y -> Z -> Alpha). Para mim, nada se compara com ouvir músicas em alto e bom som, num momento (que poderá ser tornar especial) da nossa vida, e isso só é possível com sistema de som dedicado.

Ouvir música deixou de ser algo no qual poderia compartilhar os momentos, emoções; envolver os outros ao nosso redor em desafios de dança, ou “disputar qual som era mais ‘alto’ com o vizinho”. Para torna-se uma ‘vacina’ de prazer para momentos que a pessoa está se sentido para baixo (crítica ao próprio autor).

Por último, não sendo hipócrita, as caixas de som portáteis são muito boas e ótimas para momentos que não queremos tanto trabalho. Apenas ligar e ouvir algo. Entretanto, quando essa é a principal forma de consumir música, acredito limitar e muito a experiência que marcaram a vida de gerações. Mesmo com caixa de som TWS, aonde é possível conectar 2 caixas e formar um sistema estéreo, ouvir música em um mini system (antigo) é uma experiência marcante.

Similarmente: Como colocar adaptador bluetooth dentro do som antigo – Tutorial

1 comentário em “Fim dos mini system: Por que não fabricam mais com antigamente”

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